“Encalhados” e outros estereótipos para os não casados ficaram para trás, muitos estão preparados para novos e bons relacionamentos
Nos últimos anos, os solteiros mudaram muito o seu perfil. Hoje, muito longe daquela imagem de “encalhados” por situação financeira ruim ou por não serem atraentes física ou psicologicamente, eles mostram que são bem-sucedidos, atraentes, vêm de famílias bem estruturadas e estão de bem com eles mesmos. Alguns são solteiros por opção, mas não com aquela solteirice convicta, avessos a compromissos. Só estão em uma boa fase e não jogam a responsabilidade por sua felicidade nas costas da pessoa com quem se relacionarão um dia. Bem resolvidos, podem até assumir um futuro compromisso com mais tranquilidade, quando percebem que gostam de alguém.
No Brasil, atualmente, são 85 milhões os solteiros, 74 milhões que ainda não se casaram e 11 milhões de separados ou viúvos. Eles ganharam até uma data em sua homenagem: 15 de agosto, o Dia do Solteiro.
Uma agência de casamentos, a Par Ideal, realizou uma pesquisa que mostrou uma tendência: os brasileiros estão se casando mais tarde por vários motivos, entre eles a busca por estabilidade profissional e maior nível de exigência em relação ao futuro parceiro. O estudo também mostrou que os “novos solteiros” moram por mais tempo com os pais, por comodidade ou para driblar a solidão – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a causa de 5% dos casos de depressão em todo o planeta.
Sheila Rigler, pedagoga e diretora da agência, diz que “estar sozinho pode ser uma opção temporária” pelos vários motivos citados. “As mulheres saem de casa mais cedo, enquanto os homens continuam no conforto da casa dos pais por mais tempo”. Segundo ela, muitos querem analisar melhor com quem constituirão uma relação duradoura, e preferem esperar mais para dar o passo certo, ao invés de encarar aventuras.
Dos pesquisados, entre os homens, 55,8% estão sozinhos por terem se separado ou enviuvado. Das mulheres na mesma situação, o índice é de 47,8%. “O número de casamentos entre solteiros está caindo nos últimos anos. Percebe-se um grande número de homens divorciados se casando com mulheres solteiras”, diz Sheila. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a pedagoga: este tipo de casamento passou de 4,6% para 7,4% dos matrimônios entre 1998 e 2008. “Essa segunda relação tem grandes chances de dar certo, pois o casal está mais maduro e as pessoas estão se casando porque realmente querem. Quando o casamento não é mais uma obrigação ou imposição social, o relacionamento se torna muito mais interessante”, afirma a diretora.
Via: www.arcauniversal.com
Data: 15/ 08/ 2010
Seção: Comportamento