Infelizmente infidelidade e relacionamentos andam juntos há muito tempo e a internet é apenas uma das maneiras de como a traição pode estar presente na vida dos casais. Um exemplo disso é a história real de Carlota Joaquina, a rainha de Portugal. O trecho abaixo, do livro Histórias Íntimas, de Mary Del Priore, nos mostra que o adultério acontece há mais tempo do que imaginávamos:
“No céu do século XIX brilhou uma estrela. A do adultério. A história de amantes prolonga, sem dúvida, um movimento que existia há séculos. A diferença é que a simples relação de dominação – como a que houve entre senhor e escravas durante o período colonial – deu lugar a uma relação venal, que o cinismo do século tingiu com as cores da respeitabilidade. Por vezes, até apimentou com sentimentos. E o exemplo vinha de cima.
O período abriu-se com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1801. Entre os membros da família real, Carlota Joaquina Teresa Caetana da Bourbon y Bourbon já vinha mal falada por viver na Quinta de Ramalhão, palácio distante do marido, d. João. à boca pequena murmurava-se sobre a rainha com o comandante das tropas navais britânicas, Sydney Smith. A ele. ela ofereceu de presente uma espada e uma anel de brilhantes. Temperamental e senhora de um projeto político pessoal – queria ser regente da Espanha -, a rainha teve, sim, seus amores. Todos encobertos pela capa da etiqueta e por cartas trocadas com o marido, nas quais, apesar de não viverem juntos, ele era chamado de ‘meu amor”.