Porém, estas características que já foram muito admiradas e até cobradas dos homens podem gerar algumas dificuldades quando eles estão em busca de um novo relacionamento amoroso. No passado muitas gente tinha preconceito e rejeitava relacionamentos com alguém que já tivesse filhos e fosse divorciado, mas atualmente já é possível observar uma redução considerável deste comportamento. “Na Par Ideal, por exemplo, 57% dos homens cadastrados têm filhos e no início do relacionamento as mulheres não consideram isso ruim. Mas é preciso ter cuidado com alguns limites que devem ser estabelecidos no início do romance para evitar desgastes não apenas para o novo casal, mas também para os filhos envolvidos”, explica Sheila Rigler, especialista em relacionamentos e proprietária da agência de casamentos Par Ideal, em Curitiba.
Antes de apresentar uma namorada para os filhos é importante conhecer bem a parceira. Se os dois têm o mesmo nível cultural, social e financeiro, mas no entanto possuem valores diferentes em relação a educação dos filhos isto pode se transformar em um problema quando a paixão acabar;
Você ainda não sabe se o romance vai dar certo. Por isso, os filhos não devem ser envolvidos nos primeiros encontros;
Sua namorada não deve criticar a mãe dos seus filhos ou tentar mostrar que seria uma mãe melhor. Lembre que existem limites entre o papel de namorado e pai que devem ser respeitados;
Se o relacionamento ficou sério e você está pensando em casamento, comece a promover a convivência com a família reunida. Isso ajuda a evitar futuros confrontos desnecessários;
É importante que o tempo com os filhos não seja reduzido ou deixado de lado quando o pai começa um romance;
Mesmo que a nova namorada tenha ciúmes, é de extrema importância que o pai tenha uma boa relação com a ex quando o assunto envolve os filhos. Pais e mães têm papéis diferenciados, não espere que sua ex-mulher resolva todas as dificuldades ou participe de todos os bons momentos do seu filho sozinha;
Quando o filho e a namorada começam a disputar a atenção do homem, é o pai quem deve impor limites para evitar que isso se transforme em uma rivalidade que vai impedir a convivência futura dos três.
A ficção imita a vida
Um bom exemplo de como lidar com essa situação tão delicada foi retratado no filme “The Other Woman” (no Brasil o título foi mudado para “As Coisas Impossíveis do Amor”) de 2009, que conta a história de convívio difícil entre uma madrasta e um enteado e a dor da perda de um filho.
No longa, Emilia (Natalie Portman) trabalha no mesmo local que Jack (Scott Cohen). Ela se interessa por ele no mesmo dia em que o conhece, só que há um problema: ele é casado. Não que isso seja um problema, já que não demora muito para ele mostrar uma afeição por ela e então começam um caso que, eventualmente, resulta no final do casamento dele com Carolyn (Lisa Kudrow). Eles, então, se casam e têm uma filha juntos. A nova família teria tudo para dar certo se a recém-nascida filha não tivesse morrido dias após seu nascimento de causas naturais. Isso abala totalmente Emilia, especialmente quando ainda tem que lidar com o seu enteado, William (Charlie Tahan), que não é muito seu fã e, em alguns momentos, com a ex do seu marido. Vale a pena conferir!