Antes de fechar a questão, empresário deve saber se negócio já foi testado e se possui outras unidades que funcionem com o mesmo padrão
16/05/2013 | 00:24 | DA REDAÇÃO, COM COLABORAÇÃO DE BERENICE DOS SANTOS, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO
O faturamento do setor de franchising em 2012 foi de R$ 103 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o que faz com que muitos empresários cresçam o olho para o formato de franquias. Entretanto, nem todo o empreendimento pode adotar esse modelo. Antes de tomar a decisão, especialistas explicam que o aspirante a franqueador deve avaliar se o seu negócio foi profundamente testado e se possui outras unidades que funcionam de maneira semelhante – a empresa também deve ter no mínimo um ano de mercado, alertam.
A empresária Sheila Rigler, proprietária da agência de namoro e casamentos Par Ideal, em Curitiba, esperou sua empresa se consolidar no mercado para planejar ser uma franqueadora. Em 2006, ela decidiu negociar a venda de uma franquia da agência, que existe há 18 anos. Depois de várias reuniões, a compra por um empresário de outro estado já estava acertada.
Antes de fechar o contrato, porém, Sheila encontrou por acaso o futuro franqueado em uma festa. A empresária notou que seu comportamento não era compatível com o que a sua empresa acreditava e fez com que ela repensasse se deveria ou não franquear. “Eu percebi que a Par Ideal não poderia ser uma franquia normal. Trabalhamos com sentimentos e precisamos estar próximos dos clientes. Como vou saber o que faz cada franqueado?”, questiona. Hoje a Par Ideal tem apenas uma única sede, em Curitiba.
De acordo com o diretor e organizador da Franchising Fair, Ademar Pahl, para saber se a empresa é franqueável é preciso contar com o apoio de uma consultoria. O empresário deve, ainda, procurar conhecer as leis do setor e se espelhar em cases de sucesso, além de aprender com os erros cometidos por outros empreendedores.
O consultor de franquias Marcus Rizzo aconselha analisar o mercado, se há espaço para a empresa e se é viável economicamente para quem vai fazer o investimento. “A franquia não pode mudar as características do negócio para se adaptar a um determinado mercado. As franquias não são para marcas e produtos, são para negócios, que são franqueáveis”, explica.