COTIDIANO
Nas tarefas domésticas, 93,7% dos homens garantem que ajudariam a sua parceira. Os menores índices de aceitação estão entre os homens mais velhos
No próximo dia 15 de julho será comemorado o Dia do Homem. A data surgiu com o objetivo de incentivar o cuidado com a saúde masculina, mas ainda é desconhecida por muitos. Esta ocasião, porém, é uma ótima oportunidade para analisar as mudanças no comportamento masculino nos últimos anos. Hoje, eles se preocupam mais com os filhos e se interessam pelas atividades domésticas, que vão muito além de limpar a casa e levar as crianças para a escola.
Na agência de relacionamentos Par Ideal, de Curitiba, é possível perceber essa quebra de paradigma. Dos homens cadastrados à procura de uma parceira, 98,3% afirmam que estão dispostos a ajudar na educação dos filhos, o que mostra que os pais estão cada vez mais ocupando funções até então consideradas femininas e se tornando mais próximos dos seus filhos.
E no seu dia, muitos homens comemoram o crescimento do número de guardas concedidas para que eles sejam os principais responsáveis pelos filhos. O direito ou o dever de cuidar e educar a criança e o adolescente, após o fim da relação, não é necessariamente da mulher, e muitos homens fazem questão desta tarefa e brigam por isso. Na Par Ideal, entre os cadastrados, 66% têm filhos, sendo que 12,5% conquistaram na justiça, ou por consenso, o direito de criá-los. Na faixa entre 41 e 50 anos o índice é ainda maior, 30%. “O número pode parecer pequeno, se comparado ao direito conquistado pelas mulheres, mas já é uma mudança representativa”, afirma a proprietária da agência, Sheila Rigler.
Nas tarefas domésticas, 93,7% dos homens garantem que ajudariam a sua parceira. Os menores índices de aceitação estão entre os homens mais velhos, principalmente entre 51 e 60 anos. “Quando abri a agência, os homens eram muito mais resistentes a esse tipo de atividade”, relembra Sheila.
Cuidados com a saúde
Dados do Ministério da Saúde revelam que os homens estão muito mais preocupados com a saúde e o bem estar do que as mulheres. 39,6% deles praticam alguma atividade física contra uma frequência de 22,4% entre elas.
De acordo com Sheila Rigler, hoje, eles estão usando o cuidado com a aparência e a saúde como um aliado para as relações profissionais e pessoais. “Longe de ser um metrossexual, o homem vem buscando se cuidar cada vez mais, o que os ajuda não apenas na estética, mas no aumento da qualidade de vida”, finaliza.