Qual a diferença de se conhecer alguém numa agência matrimonial e em sites de relacionamento? Existe amor no Tinder?
O Tinder, aplicativo de paquera para smartphone, está revolucionando a arte de seduzir. A popularidade da ferramenta no País aumentou vertiginosamente desde seu lançamento aqui, em agosto de 2013. “O Brasil cresceu muito rápido em comparação a outros lugares e se tornou o terceiro maior mercado do Tinder, atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido”, afirma Justin Mateen, cofundador do aplicativo. Hoje, já são mais dez milhões de brasileiros conectados.
A lógica do aplicativo é simples. Uma série de fotos de pretendentes geograficamente próximos começam a ser apresentadas ao usuário. Gostou de alguém? Toque na tecla com o desenho de um coração. Se a pessoa também te achar interessante, dá “match” (palavra em inglês que significa combinação e jogo). A partir daí, o aplicativo abre uma janela de bate-papo. Quando os dois vêem que há futuro na conversa, migram para o WhatsApp ou o Facebook. No Tinder aparecem até seis fotos, três linhas de autodescrição, o primeiro nome e a idade e alguns amigos em comum.
Simplicidade e superficialidade marcam uma mudança de comportamento quando se trata de paquera virtual. Para a pesquisadora em Antropologia e Cibercultura da Universidade Federal Fluminense (UFF), Márcia Mesquita, o trunfo do Tinder é justamente seu ar informal. “O tom de brincadeira deixa tudo mais leve. Não há responsabilidade de conhecer o amor da sua vida. Além disso, mais pessoas estão buscando relacionamentos casuais. E ninguém tem vergonha de usar, porque o aplicativo não traz o estigma da solidão dos sites no início da internet”, afirma. Na opinião de Fábio Steibel, professor de Inovações e Novas Tecnologias da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM/Rio), o usuário do app é de uma geração que se relaciona mais livremente com sua sexualidade e usa a tecnologia para se expressar e conhecer gente nova.
Mas, apesar de terem ficado conhecidos como aplicativos de encontros rápidos, o Tinder, também podem dar início a histórias de amor. Apesar das críticas de muita gente que acusa o Tinder de servir apenas para encontros sexuais, mas há também muita gente conhecendo um namorado e sendo feliz. Além de Historias de casais que se conhecem na internet e transformam o “quer teclar comigo” em “quer casar comigo” não são raras, ainda mais em um tempo em que nossas relações acontecem pelo mundo virtual, além da questão amorosa, existem muitas historias de amizades e trabalhos que se desenrolam e desenvolvem na rede.
Como as agências de casamento sobrevivem em tempos de Tinder?
Nos últimos tempos a maioria das Agências de Casamentos viram boa parte de sua clientela migrar para a internet, mas muito antes da chegada de aplicativos de paquera, as agências de casamento aproximavam corações solitários.
Em 1994 a empresária Sheila Chamecki Rigler decidiu abrir uma agência de casamentos em Curitiba. A idéia que já fazia sucesso na Europa era inovadora na cidade. Ela criou regras próprias para a sua empresa, baseadas nas grandes agências de namoro da Europa. Escolheu o nome de Par Ideal e estabeleceu uma tabela de preços compatível com a realidade da capital paranaense.
Segundo Sheila: “Hoje, com a onda do “ficar”, onde as formas rápidas de relacionamento ganham espaço, as pessoas estão tendo dificuldades em encontrar alguém para um relacionamento duradouro. Há um desgaste nos encontros na noite. As pessoas estão cansadas de saírem à procura de alguém especial e cada vez é mais raro surgir nestes locais, relacionamentos estáveis e duradouros. As pessoas voltam para casa frustradas.
Encontrar aquela pessoa que realmente queira um compromisso sério, para namorar, casar, formar uma família, ficou mais difícil.
Hoje com o corre-corre diário, com o crescimento das cidades, as pessoas acabam tendo medo de se envolver com as pessoas erradas, não sabem mais em quem confiar e ficam cada vez mais solitárias. As pessoas que querem encontrar um namorado ou namorada por intermédio de uma agência de casamento são pessoas exigentes, cada um com a sua própria idéia de felicidade, com seus sonhos, suas paixões, expectativas e ideais de relacionamento.”
O número de pessoas que migram destas plataformas virtuais para a Par Ideal é muito grande. São pessoas que quando nos procuram relatam sobre os problemas que encontram conhecendo pessoas, através deste método oferecido pelos aplicativos e sites.
As mentiras são as principais reclamações, dos usuários dos serviços on-line. Nos sites de relacionamento as pessoas costumam mentir nome, idade, peso, altura, profissão, estado civil, grau de escolaridade e muitas vezes, colocam fotos de outras pessoas. O mais grave são quadrilhas altamente especializadas, que se utilizam de sites de aplicativos para conhecer suas vítimas.
Aqui, na Par Ideal, as pessoas nos procuram, pelo sigilo e segurança. Sabem que seus dados não serão repassados a ninguém e que nós checamos as informações dos clientes. Também fazemos apresentações de pessoas que sejam do mesmo nível social, cultural e financeiro. Por intermédio da Par Ideal já foram realizados 4250 casamentos, centenas de noivados e milhares de namoros.
“A principal diferença de conhecer alguém pelas plataformas virtuais, como Tinder e sites de relacionamento e a Par Ideal é a segurança, o atendimento personalizado e o criterioso método de análise de perfil”, conclui Sheila Rigler.
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