A pesquisa “A Cultura da Felicidade”, comandada pela antropóloga Mirian Goldenberg, professora da UFPR e colunista do jornal Folha de São Paulo, aponta um dado bastante interessante sobre o comportamento das mulheres que se dizem “infelizes”. Segundo a pesquisadora, a maioria dessas mulheres atribui essa “condição” às exigências que mantêm consigo mesmas. Assim, perfeccionismo, insatisfação e autocrítica são as palavras-chave no vocabulário delas.
Em contrapartida, elas afirmam que gostariam de ser mais felizes, leves e divertidas. E o mais interessante é que também apontam possíveis caminhos para a busca dessa tão almejada felicidade com inúmeras dicas como:
– não ser tão crítica com os outros e consigo mesma;
– não se preocupar com a autoimagem;
– não se cobrar tanto;
– não se preocupar com a opinião e a aprovação dos outros;
– não querer ser perfeita;
– não se fazer de vítima;
– não ter medo de dizer não.
Percebeu que tudo começa com “não”? Esse é um forte indício de que devemos mudar o nosso comportamento deixando de lado aquelas atitudes que não nos fazem bem.
Dentre todas as dicas acredito que essa última “não ter medo de dizer não”, é uma das mais importantes, e isso tanto para homens quanto para mulheres. É preciso entender que todos nós temos a nossa individualidade e não devemos abrir mão dela. Com isso eu não quero dizer que devemos nos tornar seres egoístas ou egocêntricos, mas que ter nosso espaço e saber dizer não para muitas coisas pode evitar frustações e até problemas futuros.
Quantas vezes você disse um sim para não decepcionar o outro ou simplesmente porque não conseguiu fazer valer a sua opinião? Abrir mão de certas coisas, às vezes, pode ser um bom caminho para evitar brigas ou desentendimentos, mas anular seus desejos e vontades sempre em nome dos outros pode não ser a melhor alternativa.
Uma boa opção é repensar seus hábitos e analisar o quanto você abre mão de ser você mesma em função de outras pessoas. Se isso estiver te trazendo mais tristeza do que felicidade, é hora de mudar.