Especialista em relacionamentos alerta para mudanças no perfil das uniões, que acontecem cada vez mais tarde
O mês de maio ainda é considerado tradicional para a realização de casamentos, porém tem perdido espaço para as uniões oficializadas em dezembro, quando além das férias é possível aproveitar o décimo terceiro salário para investir em detalhes da comemoração. Mas independente da data escolhida é possível perceber que o mercado de casamentos está em alta no Brasil. Por ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são realizados mais de 960 mil matrimônios no País. E uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular, a pedido da Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais, ainda revela que em 2012, o setor de festas e cerimônias matrimoniais deve movimentar R$ 14 bilhões no Brasil.
Para Sheila Rigler, especialista em relacionamentos e proprietária da agência de casamentos Par Ideal, a maioria dos solteiros está cansada de viver aventuras e procura sim um relacionamento sério, com afinidade, cumplicidade e principalmente estabilidade na relação com o parceiro. “Alguns ainda não admitem, mas a verdade é que trocariam a liberdade de conhecer várias pessoas em uma noite pela oportunidade de um envolvimento profundo e verdadeiro”, comenta.
Apesar de manter a tradição e de muitos ainda buscarem uma cerimônia completa e tradicional, a especialista chama a atenção para uma mudança importante: as pessoas estão casando mais tarde. “Os casais buscam a estabilidade financeira e profissional antes de oficializar a união e por isso, a maioria dos casamentos é realizada quando eles já chegaram aos 30 anos ou mais”, explica.
Ainda sobre esta mudança, Sheila alerta para o fato de que quando chegam aos 35 anos, sem encontrar alguém para casar, muitas mulheres ficam extremamente ansiosas e acabam se precipitando na escolha do parceiro. Este comportamento é observado principalmente entre aquelas que sonham com a maternidade e começam uma verdadeira corrida contra o tempo. Outro problema comum aparece entre mulheres mais velhas que devido à solidão acabam cedendo a carência e aceitando o envolvimento com homens que estão interessados apenas na segurança financeira que elas podem oferecer. “Muitas pessoas dizem que os casamentos não têm a mesma estabilidade do passado, mas na verdade um dos maiores problemas para a quantidade de uniões desfeitas é o fato de as pessoas não observarem as compatibilidades na hora de escolherem o parceiro e casarem apenas no impulso de suprir uma carência”, avalia Sheila.
Mas a verdade é que acertando ou não na escolha dos parceiros as pessoas ainda acreditam no sucesso do casamento e tem deixado muitos tabus de lado. “Antigamente o casamento era apenas para os jovens, com o tempo os mais velhos também começaram a oficializar a união de maneira simples e discreta. Agora o preconceito está perdendo espaço e muitos só encontram o verdadeiro amor depois dos 60 anos e fazem questão de uma cerimônia tradicional e completa. Isso é uma verdadeira conquista”, finaliza Sheila Rigler.
Serviço:
Agência Par Ideal (www.agenciaparideal.com.br)
Consultoria em Relações Humanas e Agência de Casamento
01/05/2012 — 08h23 – Bonde. O seu portal