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Pesquisa Sobre Relacionamentos: Pessoas Conhecidas Na Internet São Menos Confiáveis Que Aquelas Que Se Conhecem Pessoalmente?

Todos sabemos e estamos vendo a internet transformar radicalmente nossos modos de pensar, agir e nos relacionar. Frequentemente, publicamos por aqui pesquisas de mercado para entender o comportamento do consumidor digital. Dessa vez, quisemos fazer uma pesquisa sobre relacionamentos. Mais especificamente, quisemos entender como os relacionamentos amorosos acontecem e mudam com as inovações tecnológicas.

Na era dos apps de paquera e da comunicação cada vez mais concentrada no meio online, como as pessoas namoram? Como elas falam com seus parceiros? Como a internet, de forma geral, entra no âmbito das relações amorosas do brasileiro?

A primeira grande descoberta nesta pesquisa sobre relacionamentos é que, para os internautas brasileiros, os relacionamentos vão, sim, ficar cada vez mais tecnológicos. Pensando no uso de aplicativos, sites e da internet em geral para começar relacionamentos amorosos, 7 em cada 10 acreditam que essa é uma tendência real.

O restante das nossas descobertas, você confere abaixo:

Status de relacionamento

Dos 1.735 entrevistados da pesquisa sobre relacionamentos, 71% estão em um relacionamento estável, seja um namoro ou um casamento, por exemplo. Os 29% restantes estão solteiros.

Entre os solteiros, perguntamos também se eles estão à procura de um relacionamento, e a amostra ficou bem dividida: 57% disseram que sim e os outros 43% não. E o porquê de estarem solteiros? 25% preferem ficar assim. 46% disseram não encontrar alguém de quem gostem, enquanto 28% estão com dificuldades de achar alguém que queira um relacionamento sério.

Perguntamos também se eles estão saindo com alguém, mesmo que não em um relacionamento sério: 70% disseram não estar. Os outros 30% estão, com uma pessoa (20%) ou com mais de uma (10%).

Romance e tecnologia: qual a sua opinião?

Um dos objetivos da nossa pesquisa sobre relacionamentos era entender a relação do brasileiro com a tecnologia quando o assunto é relacionamentos. Em tempos de popularização dos apps de paquera, perguntamos aos entrevistados o que acham desse tipo de aplicativo para conhecer pessoas.

Para contextualizar, o Brasil é um dos países com mais adeptos ao Tinder, app de paquera mais famoso da atualidade. São mais de 10 milhões de usuários únicos no país. Na nossa pesquisa, descobrimos que 42% dos brasileiros gostam da ideia de conhecer pessoas por apps. Outros 28% não gostam do método de relacionamento, enquanto os 30% restantes são neutros.

E o app preferido não é muito surpreendente: o Tinder continua sendo a primeira opção do brasileiro, utilizado por 14% dos entrevistados. Logo atrás vem o Badoo, mencionado por 10%. Outros apps e sites somam 8% e os já quase antigos sites de bate-papo virtual são queridos por 2%.

Internet: ajuda ou atrapalha?

Perguntamos aos solteiros se eles acham que a internet ajuda ou atrapalha na hora de encontrar pessoas para se relacionar. A aceitação dos sites e apps é boa: 70% acreditam que eles ajudam, sendo que 22% acham que ajudam muito. Apenas 8% acreditam que a internet atrapalha, sendo 22% os que acham que não faz diferença, no fim das contas.

Para os que estão em um relacionamento, a pergunta foi um pouco diferente. Quisemos saber como a internet influencia a relação deles. 57% julgam que a internet ajuda, sim, no relacionamento atual e, para outros 12%, ela atrapalha.

Fomos ainda um pouco além e perguntamos qual a principal forma de contato com seu parceiro ou parceira. 3 em cada 10s entrevistados disseram que falam mais com o parceiro ou parceira de forma não presencial – seja pelo telefone, pelo Whatsapp ou online, de forma geral. O restante ainda se comunica mais presencialmente do que por esses meios.

Traição no meio online: mais ou menos séria?

Um ponto delicado que perguntamos aos entrevistados foi a traição. O tópico é polêmico quando falamos em relacionamentos, e dessa vez quisemos entender a relação da traição com a tecnologia.

Entre os entrevistados, 23% acham que uma traição online, como conversas picantes ou mandar nudes para outra pessoa são uma forma menos séria de traição. 70% não veem diferença e os 7% restantes acham que é ainda mais sério do que uma traição ao vivo.

E por falar em traição, investigamos também a opinião do brasileiro sobre confiança em tempos de relações na internet. Aqui, os entrevistados ficaram divididos. 46% acreditam que parceiros românticos conhecidos pela internet são, em geral, menos confiáveis do que aqueles que começam um relacionamento pessoalmente, desde o início.

Isso indica que, mesmo acreditando na tendência dos relacionamentos mais tecnológicos e acreditando que a internet ajuda a encontrar parceiros, eles costumam inspirar menos confiança. Esse dado bate de frente também com outra descoberta da pesquisa. 23% dos entrevistados que estão em um relacionamento conheceram seu parceiro ou parceira online, sendo 17% em sites e redes sociais e 6% em apps específicos de paquera.

Situações difíceis em relacionamentos amorosos

Apresentamos também aos respondentes uma série de situações complicadas que as pessoas enfrentam em relacionamentos. Pedimos a eles que, com honestidade, nos apontassem aquelas pelas quais já passaram. E os resultados são curiosos:

  • 39% já olharam o celular do parceiro sem ele saber;
  • 37% já se relacionaram com alguém que conheceu na internet;
  • 33% já namoraram pela internet;
  • 27% já marcaram encontros com pessoas de apps de paquera;
  • 23% já mandaram nudes;
  • 22% já terminaram namoro por mensagem/email/Whatsapp;
  • 22% já traíram;
  • 20% já terminaram um relacionamento por traição;
  • 18% já foram traídos e perdoaram;
  • 9% já pegaram o parceiro ou parceira traindo;
  • 6% já foram pegos traindo.

Dados da pesquisa sobre relacionamentos

Para fazer a pesquisa sobre relacionamentos, foram realizadas 1.735 entrevistas em agosto de 2017 no Painel de Respondentes do Opinion Box, com internautas de todas as faixas etárias, classes sociais e regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2,3 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

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